segunda-feira, 15 de junho de 2009

Inspiração e Expiração


O ar entra e depois sai... Como ocorre isto? Existem músculos, chamados intercostais e diafragma, que vão fazer com que o pulmão se expanda ou contraia.


Quando o pulmão se "contrai" e o ar alveolar (aquele cheio de CO2) sai, falamos que ocorreu e expiração. Quando o pulmão se "expande" e o ar atmosférico (aquele de fora, cheio de O2) entra, falamos que ocorreu a inspiração.


Inspiração: Para ocorrer a inspiração, os músculos intercostais e o diafragma se contraem, fazendo assim o pulmão se expandir e a pressão dentro dele ficar menor do que a pressão de fora. Por isso, o ar entra no pulmão!


Expiração: Na expiração, os músculos intercostais e o diafragma se relaxam e assim o pulmão se contrai fazendo aumentar a pressão dentro dele. O ar então sai para o ambiente (que passa a ter uma pressão menor que o pulmão).


Atenção! Contrair, no caso do diafragma e dos músculos intercostais, não quer dizer que vão contrair como um balão quando murcha! De qualquer forma, resumindo:

Inspiração = músculos intercostais e diafragma contraem = pulmão expande = pressão no pulmão diminui = ar entra
Expiração = músculos intercostais e diafragma relaxam = pulmão contrai = pressão no pulmão aumenta = ar sai

A asma e os exercícios físicos


A asma é uma das doenças mais comuns na população em geral. Ela tem como principal característica os repetidos episódios de crises onde há um estreitamento das vias aéreas, o broncoespasmo. Há pessoas que apresentam uma reação exagerada a determinados estímulos (poeira, por exemplo), causando o broncoespasmo e levando à falta de ar e sibilância. A atividade física, pode parecer estranho, mas é um desses estímulos desencadeantes. Estima-se que até cerca de 20% dos atletas de elite sofram de asma. O exercício físico aumenta o volume de ar que chega aos pulmões. Com isso há maior exposição a irritantes e substâncias alergênicas inaladas.

Susto cura soluço? Por que?


Sim. Quando levamos um susto, provocamos uma forte inspiração, levando a um aumento do volume de ar nos pulmões. Os pulmões pressionam o diafragma, fazendo com que ele se estique e volte a funcionar normalmente. Mas existem maneiras menos drásticas que também funcionam: tomar um copo d'água com nariz tampado ou inspirar e segurar o ar por alguns instantes.

Por que soluçamos?


O soluço é resultado de uma contração involuntária do diafragma, um fino músculo que separa o tórax do abdômen e que, juntamente com os músculos intercostais externos, é responsável pelo controle da respiração. Seus movimentos de contração e relaxamento permitem que inspiremos e expiremos o ar e são controlados pelo nervo frênico, situado logo acima do estômago. Os incômodos do soluço surgem a partir de uma irritação do nervo frênico, cujas causas podem ser diversas (distensão gástrica pela ingestão de bebidas com gás, deglutição de ar ou alimentação em grande volume; mudanças súbitas da temperatura de alimentos ingeridos; modificações da temperatura corporal, como sauna seguida de ducha gelada; ingestão de bebidas alcoólicas; ou até mesmo gargalhadas). Quando ele fica ou sensibilizado, envia uma mensagem para o diafragma se contrair, o que dispara o soluço.

O característico barulhinho "hic, hic" surge quando ocorre fechamento súbito da glote (abertura superior da laringe, onde se localizam as cordas vocais), produzindo vibração nas cordas vocais.

O maior culpado é o cigarro

O tabagismo está associado a 90% dos casos
de câncer de pulmão. Abandonar o vício deve
ser encarado como um ato de sobrevivência

O câncer de pulmão é a neoplasia que mais mata os homens brasileiros. Entre as mulheres do país, só faz menos vítimas fatais do que o tumor de mama. Sua taxa de letalidade é altíssima: 85% dos pacientes morrem. O diagnóstico precoce é dificílimo de ser feito – só ocorre em 15% dos casos. Há três motivos para essa dificuldade. Antes de mais nada, o mal costuma evoluir até um estágio avançado sem fornecer pistas de sua existência. Como os pulmões são órgãos que funcionam bem sem utilizar sua capacidade plena, é preciso que haja um comprometimento muito grande para que eles dêem sinal de que algo está errado. Em segundo lugar, o câncer de pulmão cresce numa velocidade espantosa. Explica-se: rica em vasos sanguíneos, a região oferece ao tumor uma alimentação mais farta .

Por último, existe a limitação tecnológica – radiografias e tomografias não conseguem captar nódulos com menos de 1 centímetro de diâmetro. Quando atinge esse tamanho, na maioria dos casos o câncer já é devastador.

Até a década de 30, a doença era rara. Nem sequer aparecia nas estatísticas de mortalidade de países como Estados Unidos e Inglaterra. O aumento no número de casos está diretamente relacionado à explosão do consumo de cigarros a partir da II Guerra. Não há como negar que o fumo é o principal fator para o surgimento desse tipo de câncer. Nove de cada dez vítimas foram ou são fumantes inveterados. A fumaça do cigarro contém cerca de 4.700 substâncias. Dessas, sessenta são consideradas cancerígenas. Depois de uma tragada, uma parte dos elementos tóxicos é absorvida pelas mucosas da boca e da garganta (o que eleva a probabilidade de tumores nesses locais), enquanto a outra é despejada nos pulmões. As substâncias perigosas do tabaco acumulam-se nos brônquios e nos alvéolos. Entre vários problemas, esse acúmulo causa mutações genéticas nas células pulmonares, o que pode levar ao câncer.


Anomalias

Atresia Laríngea- essa rara anomalia resulta da falta de recanalização da laringe e causa obstrução das vias aéreas superiores do feto.
Rede laríngea- anomalia incomum resulta da recanalização incompleta da laringe durante a décima semana.
Fístula traqueoesofágica- passagem anormal entre a traquéia e o esôfago ocorre em 1 a cada 3000 a 4500 em recem-nascidos vivos. Resulta de uma divisão incompleta da porção cranial do intestino anterior em partes respiratória e esofágica, durante a quarta semana.
Fenda Laringotraqueoesofágica- a laringe e a traquéia superiorpodem, incomumente,deixar de se separar completamente do esôfago,por uma distância variável.
Estenose e Atresias traqueais- o estreitamento e obstrução da traquéia resultam de uma divisão desigual do intestino anterior na formação do esôfago e da traquéia.
Agenesia pulmonar- a ausência dos pulmões resulta da falta do desenvolvimento do broto brônquico.
Hipoplasia pulmonar- o pulmão é incapaz de se desenvolver normalmente porque é comprimido pelas vísceras abdominais anormalmente posicionadas.
Pulmão acessório- muito raro,está quase sempre localizado na base do pulmão esquerdo.

Origem embrionária


O sistema respiratOrio esboça-se como um sulco longitudinal que faz saliência na face ventral do intestino cefálico, na porção terminal da região faríngea. Posteriormente, este sulco separa-se, na sua porção caudal, do tubo digestivo formando um tubo, o canal traqueobronquial. A porção cranial desse tubo originará a laringe, ao passo que a sua porção média formará a traquéia. Numa primeira fase de crescimento do sistema respiratório, a sua porção caudal cresce rapidamente, bifurcando-se em dois brotos: um direito e um esquerdo. O direito subdivide-se em trás ramos que originarão os brônquios principais, ao passo que no lado esquerdo só se formarão dois brônquios.
Em uma segunda fase do desenvolvimento caracteriza-se pela diferenciação e expansão dos pulmões. Estes, que de início apresentam-se constituídos por ductos sólidos de epitélio prismático ou cúbico, sofrem uma expansão com o alargamento dos seus segmentos terminais que formarão as portões respiratórias do órgão.

Componentes do sistema respiratório


Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar.

Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.

Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe.

Traquéia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas.

Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória.
Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.

Sistema Respiratório



Todos nós respiramos, disso já sabemos! Mas qual é a função da respiração?
Bem, o nosso corpo precisa de oxigênio (O2) para poder queimar nutrientes e assim produzir energia. O sistema respiratório é responsável por absorver esse oxigênio, passar pra corrente sanguínea e ainda por cima receber o gás carbônico (CO2) e expelí-lo para o ambiente. No ar que inspiramos (atmosférico) há cerca de 21,0% de oxigênio e 0,03% de gás carbônico. No ar que expiramos (alveolar) há cerca de 14,0% de oxigênio e 5,60% de gás carbônico.